The sadness has its place by Instagram: @fisiotur
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“Há aqueles dias de ressaca. Não de ter bebido no dia anterior, mas de a vida ter te sacudido de alguma forma. Se acordar assim, entregue-se. Há quem queira correr uma maratona para que a endorfina engula esse sentimento de fragilidade. Há quem tome um remédio: a química salvadora que apaga essa sensação de impotência que, as vezes, domina o corpo e nos abate logo no começo de um dia. Não é uma dor profunda, a que estou falando. É aquela tristeza fina. Já sentiu? Pois é, ela pode ser criativa, pode ser o descanso que o corpo pede, pode ser o espaço que sua mente precisa para pensar. Na vida atual a gente se dá pouco tempo para a reflexão. Tristeza virou sinônimo de depressão a ser tratada com algum remédio, um esporte radical, uma festa. Ninguém pode estar triste. No livro “1984” de George Orwell, a distopia da sociedade perfeita, as pessoas tinham que tomar a pílula da felicidade diariamente porque estar feliz era o único estado aceitável naquele mundo autoritário. Precisamos respeitar as tristezas, os recolhimentos, a reflexão. O normal da vida não é ser alegre, o natural é oscilar entre sentimentos, com momentos de alegria e horas de tristeza. Muita ideia boa nasceu de uma hora de introspecção ou do sentimento da tristeza que nos silencia. Se acordou assim, querendo silêncio e o mergulho em uma tristeza que chegou de algum ponto, deixe-se ficar no seu canto. O belo da vida é que os dias não são iguais e nem nós somos os mesmos todos os dias.” (Miriam Leitão)
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